Se você faz questão de dar de mamar, deixe o silicone para depois. Pesquisa da Unifesp revelou que mulheres que se submeteram a mamoplastia podem apresentar dificuldade para amamentar, sim. As pesquisadoras acompanharam mulheres que deram à luz em três períodos: 72 horas; entre 5 e 7 dias; e um mês após o parto. A probabilidade de amamentação exclusiva era de:
– 29% nas mulheres com cirurgia redutora
– 54% nas com implante e
– 80% nas sem cirurgia.
Na redução pode ocorrer a remoção de parte do tecido mamário; já o implante pode exercer pressão na mama, dificultando a produção do leite e sua saída. Segundo o mastologista Roberto Vieira, desde que a redução seja feita com a técnica correta, a mama não é prejudicada. No caso de o leite não ser suficiente, são estimuladas a oferecer o seio enquanto o bebê recebe complemento por uma sonda. A vantagem é manter o contato e poder sugar – bom para os dois.
No caso do implante do silicone, se as incisões tiverem sido feitas perto das axilas ou na parte inferior do seio, as chances de amamentar são boas. Agora, se tiverem sido feitas ao redor da areola, a produção de leite pode ter sido prejudicada. Entretanto, experimente! Várias mulheres com implantes conseguem amamentar. Fique atenta ao ganho de peso do bebê e à introdução de suplementos se necessário.
Se você possui implante, não se preocupe também se o silicone contamina o leite. Estudos mostram que nenhuma concentração de silicone foi encontrada no leite de mães que possuem a prótese.
Fontes: Revista Pais e Filhos e www.breastfeeding.com